quinta-feira, novembro 20, 2025
SAMBA EM PRELÚDIO. Vinícius de Moraes
19.Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
São Mateus 28
quarta-feira, novembro 19, 2025
CARTA AO TOM. Vinicius de Moraes
POSSE. Ana Cecília de Souza Bastos
Dias em que somos acometidos pela cidade.
A cidade é soberana
e nós,
involuntários na paisagem.
O mar,
sentimento do que é talássico,
báratro, abismo.
O oceano a nos envolver,
envoltório de ruas acanhadas e eternas.
Dias em que a cidade se sobrepõe à rotina
e nada mais somos,
senão seus viventes.
terça-feira, novembro 18, 2025
MÁSCARA NEGRA. Zé Keti
10.Não temas, porque eu estou contigo, não fiques apavorado, pois eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, sim, eu te ajudo; eu te sustenho com a minha destra justiceira.
Isaías 11
A FLOR E O ESPINHO. Elizete Cardoso
segunda-feira, novembro 17, 2025
O QUICHOTE. Miguel de Cervantes
“- Avisa, Sancho, respondeu Dom Quixote , que a verdadeira beleza se divide em duas: a do corpo e a da alma.
A primeira é fugaz, refém do tempo, mas a segunda…
Ah, essa resplandece no entendimento, na honestidade, no caráter nobre, na generosidade e na educação.
E todas essas virtudes podem habitar até o semblante mais simples.
Quando se ama com os olhos da alma e não apenas com os do corpo, o amor floresce com força e se sustenta com grandeza.”
📚O Quixote
Miguel de Cervantes
O BEM DO MAR. Dorival Caymmi
13.As tentações que vos acometeram tiveram medida humana. Deus é fiel; não permitirá que sejais tentados acima das vossas forças. Mas, com a tentação, ele vos dará os meios de sair dela e a força para a suportar.
I Coríntios 10
domingo, novembro 16, 2025
DANÚBIO AZUL
sábado, novembro 15, 2025
DALILA TELES VERAS
VI
o rubicão ali está e precisa ser atravessado
na margem a poeta e seu pálido poema hesitam
diante do incontornável ponto sem retorno
funda-se o gesto destemido e ação determinante
antes do mergulho
cantarola uma canção para embalar utopias
e braços flácidos nada e afunda nada e afunda
PARTIDO ALTO
8.Finalmente, irmãos, ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso ou que de qualquer modo mereça louvor.
Filipenses 4
sexta-feira, novembro 14, 2025
LAMENTOS
12.Mas a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus: aos que crêem em seu nome,
São João 1
quinta-feira, novembro 13, 2025
Cabeça Inchada - Solon Sales. Sinhô1922.
Vicente Celestino - TRISTE CARNAVAL - Américo Jacomino - Arlindo Leal - ... 1922
[GOSTO DE SENTIR SAUDADE]. Halina Poswiatowska
gosto de sentir saudade
escalar o corrimão do som e da corcaptar com lábios abertos
cheiros congelados
gosto da minha solidão
suspensa mais alto
do que uma ponte
que abraça o céu com as mãos
e do meu amor
que pisa descalço
na neve
FOTOGRAFIA
23.Porque o salário do pecado é a morte, e a graça de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Romanos 6
quarta-feira, novembro 12, 2025
HORA BENDITA. Charles Fonseca
PARA O MANUAL DE LITERATURA DO ENSINO MÉDIO. Hans Magnus Enzensberger
Não leia odes, meu filho, leia os horários dos trens:
são mais exatos. Desenrole os mapas náuticos
enquanto ainda é tempo. Fique atento, não cante.
Virá o dia em que voltarão a pregar listas
no portão e a pintar marcas no peito dos que dizem
não. Aprenda a passar incógnito, aprenda mais que
a mudar de bairro, de passaporte, de rosto.
Exercite a pequena traição,
a imunda salvação de cada dia. É para
fazer fogo que servem as encíclicas,
e os manifestos, para embrulhar a manteiga e o sal
dos indefesos. Raiva e paciência são necessárias
para soprar nos pulmões do poder
o pó fino e mortífero, moído
por aqueles que tanto puderam aprender,
que são exatos, por você.
25.Disse-lhe Jesus:"Eu sou a ressurreição. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. "
São João 11
FOTOGRAFIA
Como ela será logo penso longe dela eu alturas onde será logo no esconso eu e ela por extenso?
Charles Fonseca
terça-feira, novembro 11, 2025
PÃO DA VIDA. Charles Fonseca
TELESCÓPIO. Eucanaã Ferraz
TELESCÓPIO
As fotografias eram em preto e branco. Os filmes eram em preto e branco. A televisão era em preto e branco. As geladeiras eram brancas e os telefones eram pretos. Lá longe o azul da Prússia. Na escola o disco de Newton ensinava as leis da luz mas tudo o que aprendíamos era o mundo que girava depois do muro. Amei à primeira vista as estrelas amarelas na bandeira de Cabo Verde. Nomes assim: lápis-lazúli. Coisas espantosas como o rio Negro e o mar Vermelho. Ai flores do verde pinho — onde perdi meu amigo?
segunda-feira, novembro 10, 2025
Sururu Na Cidade - Zequinha de Abreu. 1922
NUMERAL 16. Armando Freitas Filho
Para Mário Rosa
Escrever é arriscar tigres
ou algo que arranhe, ralando
o peito na borda do limite
com a mão estendida
até a cerca impossível e farpada
até o erro — é rezar com raiva.
PINTURA
Das musas que distantes prefiro a de olhar que me esconde trás lentes negras semblante me faz entrar em transe. Ela sabe que é assim melhor mais distante espiritual que perto fogueira em mim Carnaval eu vadio Arlequim.
Charles Fonseca
LEÃO XIV
domingo, novembro 09, 2025
«O orvalho lava com a língua o rubro da romã.» (Lenilde Freitas)
1.Salmo. De Davi. Iahweh é meu pastor, nada me falta.
Salmo de Davi
FOTOGRAFIA
sábado, novembro 08, 2025
LOUVOR Charles Fonseca
SESMARIAS. Diego Vinhas
SESMARIAS
1% dos mais ricos do mundo detém a mesma
riqueza que o resto dos 99%.
seis brasileiros concentram a mesma renda
que 50% dos mais pobres.
nos EUA a média diária de consumo de água
per capita é de 575 litros enquanto na Etiópia
é de 15 litros.
dez multinacionais têm mais capital que 180 países.
mulheres recebem, em média, salários 30% menores
que os homens quando ocupam os mesmos cargos
e com a mesma formação.
O motorista do Dr. Mansur
é filho do motorista do pai do Dr. Mansur.
aquele zé-ninguém puxando conversa com a
madame. se o coronel manda apagar não dá nada.
advogados só podem despachar com magistrados
às 3as e 5as, das 14hs às 17hs (alguns
não atendem mesmo).
você sabe com quem está falando?
24.Em verdade, em verdade, vos digo: quem escuta a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não vem a julgamento, mas passou da morte à vida.
São João 5
sexta-feira, novembro 07, 2025
LOUVAI. Charles Fonseca
"Como anel de ouro em focinho de porco, assim é a mulher bonita, mas indiscreta.". Provérbios 11:22
SALVADOR
quinta-feira, novembro 06, 2025
A CORRUPÇÃO
PIX 018.631.345-49
Em 2 de fevereiro de 1905 nasceu, em São Petersburgo, a filósofa e escritora americana (nascida na Rússia) Alissa Zinovievna, mais conhecida no mundo literário como Ayn Rand.
E ela disse:
“Quando perceber que, para produzir, é preciso obter autorização daqueles que nada produzem;
quando constatar que o dinheiro flui não para quem negocia bens, mas para quem trafica favores;
quando perceber que muitos se enriquecem por meio de subornos e influências mais do que por seu trabalho — e que as leis não te protegem contra eles, mas, ao contrário, são eles os protegidos contra ti;
quando descobrir que a corrupção é recompensada e a honestidade se torna um sacrifício —
então poderás afirmar, sem medo de errar, que tua sociedade está condenada.”
RUY BARBOSA
Não uso lentes corretoras, óculos escuros os perco demais, nas praias nem ligo mais em esconder olhar pras musas. Só uma em particular me deixa em devaneios pra esta soslaio há é mineira fico banzeiro.
Charles Fonseca
Carolina Cardoso de Menezes - SETE COROAS - Sinhô (José Barbosa da Silva). 1922
23.mansidão, autodomínio. Contra estas coisas não existe lei.
Gálatas 5
SANSÃO E DALILA
Favoritei uma foto da musa flor.
Charles Fonseca
PIX 018.631.345-49
quarta-feira, novembro 05, 2025
PAPAGAIO COME MILHO - BAHIANO. 1922
30.É necessário que ele cresça e eu diminua.
São João 3
FIDELIDADE. Charles Fonseca
O bom. O justo. O belo. São partes do Bem.
terça-feira, novembro 04, 2025
NÃO APENAS PASSANTES. Heba Abu Nada
NÃO APENAS PASSANTES
Ontem uma estrela disse à pequena luz em meu coração: Não somos apenas transeuntes passando. Não morra. Sob esse brilho alguns andarilhos permanecem caminhando. Você foi concebida por amor. Portanto, não leve mais que amor àqueles que tremem. Um dia todos os jardins brotaram de nossos nomes, daquilo que restou dos corações ansiosos. E desde que se tornou madura, esta língua antiga nos ensinou a curar pessoas com nossos desejos, como ser um aroma celestial para relaxar seus pulmões contraídos: um suspiro de boas-vindas, um hausto de oxigênio. Suavemente passamos sobre as feridas, como uma gaze suave, um olhar de alívio, uma aspirina. Ó pequena luz em mim, não morra, mesmo que todas as galáxias do mundo se apoximem. Ó pequena luz em mim, diga: Entrem em paz no meu coração. Todos vocês, entrem!
Mário Reis - Sabiá (1928). De Sinhô 1922
Lacan
15.Tu, Senhor, Deus de piedade e compaixão, lento para a cólera, cheio de amor e fidelidade,
Salmo 86
segunda-feira, novembro 03, 2025
FOTOGRAFIA
domingo, novembro 02, 2025
4.E no entanto, eram as nossas enfermidades que ele levava sobre si, as nossas dores que ele carregava. Mas nós o tínhamos como vítima do castigo, ferido por Deus e humilhado.
Isaias
sábado, novembro 01, 2025
André Rieu & Mirusia - Ave Maria
VENCENDO VEM JEJUS. Charles Fonseca
D. HELDER CÂMARA
Quem pousa neste blog? Nao os conheço. Devem ser dos espaços siderais. Baixam voo, sorvem saberes, batem asas, não mais.
Charles Fonseca
sexta-feira, outubro 31, 2025
Caetano Veloso - Tigresa
quinta-feira, outubro 30, 2025
Bahiano - PÉ DE ANJO - Sinhô (José Barbosa da Silva) - 1922
O DESEJADO. Charles Fonseca
II TIMÓTEO
7.Pois Deus não nos deu um espírito de medo, mas um espírito de força, de amor e de sobriedade.
João Bosco - Jade
quarta-feira, outubro 29, 2025
Frágil como uma aragem o corpo. A alma só pensa em subir aos céus, busca o porvir. Joelhos ao chão, quem dera...
Charles Fonseca
Bahiano - EU SÓ QUERO É BELISCÁ - cateretê carnavalesco de Eduardo Souto... 1922
VIOLÃO
terça-feira, outubro 28, 2025
Bahiano - A ESPINGARDA - embolada - Jararaca - Odeon 122.102 - ano de 1922
Conversei com grande empresário. Férreo. Sem alma. Sem sentimentos. Prefiro meus pensares etéreos.
Charles Fonseca
DE MINHA CONCHA. Marize Castro
DE MINHA CONCHA]
De minha concha ouço todos que chegam Seminua vejo os primeiros amantes Os mais belos causam-me fulgor Os menos belos, nostalgia Não resisto aos mais vulneráveis Suas mandíbulas de ouro fascinam-me: triturem-me, peço-lhes O dilúvio desses olhos aterroriza No matadouro mais próximo, entregam-se novos e velhos corpos (entre línguas de felpa, o divino se mostra) Então repito: toca-me, ar toca-me, água toca-me, fogo toca-me, terra toca-me, éter Eis o inevitável: quedo-me
RESSURGIU. Charles Fonseca
7.Então a paz de Deus, que excede toda a compreensão, guardará os vossos corações e pensamentos, em Cristo Jesus.
Filipenses 4
segunda-feira, outubro 27, 2025
GILBERTO GIL
RESSURREIÇÃO. Charles Fonseca
domingo, outubro 26, 2025
À fonte da caridade.
7.Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, pois o amor é de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus.
São João 4
JESUS VEIO AQUI. Charles Fonseca
GAL COSTA
sábado, outubro 25, 2025
Obrigado por me incluir na relação dos lindos. Foi preciso chegar perto dos 81 para me dar conta de que nunca em tempo algum ouvi ou li ser considerado lindo.
Charles Fonseca
CRUEL ILUSÃO Esperar, esperar o que não vem como ninguém à espera de ninguém.
Daniel Pereyr
CARMEM MIRANDA
DESLUMBRANTE. Charles Fonseca
A HISTÓRIA DE HITLER
"O maior erro de Hitler foi nunca deixar de ser um revolucionário.
As pessoas costumam mencionar que o maior erro de Hitler foi invadir a Rússia ou confiar em seu destino racial. Ruim, tudo bem — mas havia uma causa subjacente. Ele não percebeu que vencer uma revolução e vencer uma guerra mundial não é a mesma coisa.
Hitler era ótimo no caos. Ele era um homem que sabia como tomar o poder, mas não governar uma nação. Ele foi construído para aniquilar e não para governar. Continuou a agir como um rebelde em vez de um líder depois de assumir o poder.
Ele até demitiu seus maiores generais porque eles não concordavam com ele. Ele colocou altos cargos com amigos em vez de indivíduos inteligentes. Göring despedaçou a força aérea e ninguém conseguiu dizer a verdade a Hitler. Habilidade não era tão importante quanto lealdade, e isso era evidente.
Ele sempre desejou vitórias rápidas e chamativas, guerras rápidas, vitórias rápidas. Nos casos em que as coisas se arrastavam, ele não se adaptava. Ele acreditava que a força de vontade só poderia derrotar a realidade. Você não pode gritar mais que o inverno ou beber mais que as balas.
Hitler nunca abandonou a mentalidade revolucionária no final. Ele acreditava que o mundo seria submisso ao seu desejo. Não foi. Foi através de uma transgressão que ele chegou ao poder, e foi através da transgressão que ele perdeu tudo, já que nunca soube obedecer a regras."
sexta-feira, outubro 24, 2025
Coral Divinal. J. Rezende. 1922
ALBERTO NEPOMUCENO
Moro a cem metros da praia em Cabo Frio onde ondas do mar bravio espalham espumas ao céu sereno.
Charles Fonseca
JESUS NA CRUZ. Charles Fonseca
A vida fraterna 1.Cântico das subidas. De Davi. Vede: como é bom, como é agradável habitar todos juntos, como irmãos.
SALMOS 133
quinta-feira, outubro 23, 2025
BEIJINHO DOCE
A Jesus Cristo Nosso Senhor" GREGÓRIO DE MATOS
Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Porque, quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto um pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida, e já cobrada,
Glória tal, e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada;
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
PINTURA
19.Quanto a nós, amemos, porque ele nos amou primeiro.
São João 4
Foi amar a mais hoje menos quase nada, assim foi minha cidade amada quase nada resta. Um rebento.
Charles Fonseca
TEMPO DO DESEJO. Giselle Vianna
TEMPO DO DESEJO
selado o envelope — cavalo onde o desejo vem montado a galope — resta a travessia passo por passo milha por milha náutica o cruzar de um mar de percalços a ânsia viaja — aeronave de uma ideia vaga — enquanto aguarda do outro lado do mapa lento, real, cargueiro, o tempo naval do desejo virar vontade
SUBSTITUIÇÃO. Charles Fomseca
ADEMILDE FONSECA
quarta-feira, outubro 22, 2025
Aguardo seu e-mail para silvafonseca@gmail.com
O PODER DO SANGUE. Charles Fonseca
NELSON GONÇALVES
terça-feira, outubro 21, 2025
Comunhão dos Santos e a Visão Beatífica
A pergunta sobre se quem está no Céu sabe o que se passa na Terra toca num ponto da doutrina católica que se baseia em dois mistérios centrais: a Comunhão dos Santos e a Visão Beatífica (ver a Deus face a face).
A Igreja Católica não oferece uma resposta exaustiva e literal sobre o grau e a forma desse conhecimento, mas a sua teologia sugere fortemente que os bem-aventurados no Céu têm um conhecimento sobre a Terra, especialmente daquilo que lhes diz respeito ou que contribui para a sua alegria e a intercessão.
1. O Fundamento: A Comunhão dos Santos
O conceito que permite essa comunicação é a Comunhão dos Santos (Membros da Igreja). O Catecismo da Igreja Católica ensina que a Igreja é uma família unida, que existe em três estados:
- Igreja Militante (Terra): Os fiéis que ainda peregrinam neste mundo.
- Igreja Padecente (Purgatório): Os que se purificam após a morte.
- Igreja Triunfante (Céu): Os que gozam da glória de Deus (os santos).
- Vínculo Indestrutível: Este vínculo é sustentado pela caridade e pela união em Cristo, e a morte não o destrói. Os santos no Céu não se tornam indiferentes ao que se passa na Terra.
- Intercessão: A própria doutrina da intercessão dos santos pressupõe algum conhecimento das nossas necessidades. Pedimos aos santos para que roguem por nós, e a sua oração é eficaz porque eles estão na presença de Deus. Eles intercedem pelas almas na Terra e no Purgatório, o que demonstra que estão cientes das necessidades e das lutas da Igreja militante.
2. O Meio: A Visão Beatífica
O conhecimento dos bem-aventurados no Céu é fundamentalmente diferente do nosso na Terra.
- Ver a Deus Face a Face (Visão Beatífica): O estado de felicidade plena no Céu consiste em ver Deus "face a face" (1 Cor 13, 12).
- Conhecer em Deus: Na teologia, entende-se que, ao verem a Deus, que é a Fonte de toda a Verdade e Sabedoria, os santos podem, em certa medida, conhecer as realidades criadas em Deus. Eles veem não por esforço humano ou por informações limitadas, mas sim na luz da glória divina.
- Conhecimento Completo e Perfeito: São Paulo diz: "Agora conheço em parte; mas então conhecerei como sou conhecido" (1 Cor 13, 12). Este conhecimento perfeito se estende a tudo o que é necessário para a sua perfeição e para a intercessão.
3. A Questão da Tristeza no Céu
O principal desafio teológico é conciliar o conhecimento dos sofrimentos da Terra com a felicidade plena e definitiva do Céu:
- Ausência de Dor: A Bíblia ensina que no Céu, Deus enxugará toda lágrima (Ap 21, 4), e não haverá mais luto, nem dor, nem clamor.
- Perspectiva Divina: A Igreja ensina que qualquer que seja o conhecimento que os santos têm da Terra, eles o veem sob a perspectiva de Deus, ou seja, à luz do Seu plano salvífico e da Sua glória. Eles sabem que o mal e o sofrimento são transitórios e serão redimidos.
Portanto, o conhecimento que eles têm dos nossos sofrimentos na Terra não diminui sua felicidade, mas, ao contrário, motiva sua intercessão com perfeita caridade, pois veem essas realidades de forma infalível e eterna em Deus.
Conclusão:
Segundo a doutrina católica, sim, quem está no Céu tem, de alguma forma, conhecimento do que se passa na Terra. Esse conhecimento não é mundano e limitado, mas é participado na glória de Deus (Visão Beatífica) e é essencial para o exercício de sua caridade e intercessão (Comunhão dos Santos).
Eles não "sofrem" com o mal da Terra porque veem tudo à luz do plano perfeito de Deus e da certeza da salvação.
IA
REPETECO
MACHADO DE ASSIS
Um sujeito, ao pé de mim, dava a outro notícia recente dos negros novos, que estavam a vir, segundo cartas que recebera de Luanda, uma carta em que o sobrinho lhe dizia ter já negociado cerca de quarenta cabeças, e outra carta em que… Trazia-as justamente na algibeira, mas não as podia ler naquela ocasião.
VINÍCIUS DE MORAES
SALVE RAINHA
Salve, Rainha, Mãe de misericórdia,
vida, doçura e esperança nossa, salve!
A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva.
A Vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.
Eia, pois, Advogada nossa,
esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei;
e depois deste desterro
nos mostrai Jesus, bendito Fruto do Vosso ventre.
Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Amém.
TEIXEIRINHA
Ruy Proença. CONTRA O AMOR E A GUERRA NÃO HÁ GUARDA-CHUVA
hoje em dia
enviaria para você
uma legião de drones
que lançassem
uma chuva de rosas
e poesia
infelizmente
daqui a vinte anos
se alguém ainda me ler
talvez esse alguém
nem saiba mais
o que foi drone ou telefone
talvez pior —
só fique o drama
a dor o trauma
dos gafanhotos
de guerra —
drones
daqui a vinte anos
estarei eu também
dissolvido
apagado
morto
na noite insone
13.Que o Deus da esperança vos cumule de toda alegria e paz em vossa fé, a fim de que pela ação do Espírito Santo a vossa esperança transborde.
Romanos
ALCEU VALENÇA
segunda-feira, outubro 20, 2025
Tenho tantos contemporâneos idos que fico assim meio sem graça
Charles Fonseca
ESTÁTUA
ÁGUAS DE MARÇO
CAJUINA. Caetano Veloso
NOEL ROSA
20.Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo.
APOCALIPSE 3
SALVADOR
domingo, outubro 19, 2025
Reflexões de um oncologista brasileiro:
# Reflexões de um oncologista brasileiro:
1. A terceira idade da vida começa oficialmente aos 60 anos e espera-se que termine aos 80.
2. A quarta idade, ou velhice, começa aos 80 anos e termina aos 90.
3. A longevidade começa aos 90 anos e termina após a morte.
4. O principal problema de uma pessoa idosa é a solidão. Frequentemente, os cônjuges não envelhecem juntos, alguém sempre vai primeiro.
Um viúvo ou viúva se torna um fardo para sua família. Por isso, é tão importante não perder o contato com amigos, se reunir e se comunicar com frequência, para não ser um fardo para os filhos e netos, que provavelmente nunca dirão isso.
Minha recomendação pessoal é não perder o controle da sua vida. Isso significa decidir quando e com quem sair, o que comer, como se vestir, a quem ligar, a que hora dormir, o que ler, com o que se divertir, o que comprar, onde morar, etc. Porque se você não pode fazer todas essas coisas livremente e por conta própria, você se tornará uma pessoa insuportável que será um fardo para a vida dos outros.
William Shakespeare disse: "Sempre me sinto feliz!" Você sabe por quê? Porque não espero nada de ninguém. A espera sempre é agonizante. Os problemas não são eternos, sempre têm uma solução. Acredita-se que somos culpados pelos nossos problemas. O único para o que não há cura é a morte.
Antes de reagir... inspire profundamente; Antes de falar... escute; Antes de criticar... olhe para si mesmo; Antes de escrever... pense com cuidado; Antes de atacar... renda-se; Antes de morrer... viva a vida mais linda que puder!!!
A melhor relação não é com a pessoa perfeita, mas com alguém que aprendeu e está aprendendo a viver de forma tão interessante e bonita quanto possível. Observe as deficiências das outras pessoas... mas também admire e elogie suas virtudes.
Se você quer ser feliz, tem que fazer alguém feliz. Se você quer algo, primeiro deve dar algo de si mesmo. Você precisa se rodear de pessoas boas, amigáveis e interessantes e ser um deles.
Lembre-se: Nos momentos difíceis, mesmo com lágrimas nos olhos, levante-se e diga com um sorriso: "tudo está bem, porque somos frutos de um processo evolutivo".
Pequeno teste: Se você não reenviar esta mensagem para ninguém, então você é uma pessoa infeliz e solitária que não tem amigos. Envie esta mensagem às pessoas que você valoriza e nunca esquecerá !
FLORIANÓPOLIS
O caminho é muito estreito para tantas ideias que pedem passagem
Charles Fonseca
SALVADOR
Maíra Dal’Maz
ESCREVER É BRINCAR COM RUÍNAS
2 minha mãe foi mãe de suas irmãs vendedora de flores de pano caixa de banco camareira e garçonete viu cantar no hotel brasil agnaldo timóteo e moacyr franco era sonâmbula seu sonho nessa época era cobrir a lua com um lençol até hoje ela gosta da lua tira fotos e reclama que não fica tão bonita qual o sonho dela hoje? ser reintegrada à universidade tomar vinho na piscina sob a luz da lua nós ao redor inclusive os cachorros
AMIGO INCOMPARÁVEL. Charles Fonseca
SALVADOR
Deus é uma pessoa
DALVA DE OLIVEIRA
5.Mas ele foi trespassado por causa das nossas transgressões, esmagado em virtude das nossas iniqüidades. O castigo que havia de trazer-nos a paz, caiu sobre ele, sim, por suas feridas fomos curados.
Isaias
A PRAIA
O vaso que verte
O vaso que verte
Entre Ovídio e Lacan, há um mesmo gesto: o de tentar dizer o que transborda o dizer.
Em Metamorfoses, Ovídio narra a história de Biblis, tomada por um amor impossível, que chora até se transformar em fonte. O corpo se desfaz em lágrimas e o sofrimento encontra passagem na matéria. A dor, que não cabe na linguagem, escorre. O corpo verte o que não pode calar.
Lacan, séculos depois, fala do vaso como metáfora do sujeito. O vaso não é o barro que o compõe, mas o vazio que o estrutura. É o furo central que o faz ser o que é. Assim também o sujeito: não se define pelo que o preenche, mas pelo que o falta.
O vaso que verte é o instante em que o furo já não sustenta o contorno.
É quando o excesso atravessa o corpo e o real escorre pela borda do simbólico.
Na imagem de Ovídio, isso aparece como a lágrima que brota e transforma; em Lacan, como o gozo que escapa à palavra.
Entre a metamorfose e o furo, há um mesmo movimento: o de dar forma ao impossível.
O corpo, ao verter, fala. A lágrima é a linguagem do que não pode ser dito.
O vaso que verte é o símbolo da travessia entre o corpo e a palavra, o ponto em que o sujeito se escreve no limite entre o gozo e o sentido.
Referência: Seminário 15 - O Ato Psicanalítico
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SALVADOR
sábado, outubro 18, 2025
SONETO 116. William Shakespeare
Certamente! William Shakespeare não foi apenas um dramaturgo genial, mas também um poeta notável. Sua produção poética inclui dois poemas narrativos e, principalmente, 154 Sonetos, que exploram temas universais como amor, beleza, tempo e mortalidade.
Vou comentar sobre o Soneto 116, um dos mais famosos e celebrados, que se tornou um hino ao amor ideal:
💖 Comentário sobre o Soneto 116
O Soneto 116 é um elogio apaixonado e idealizado ao Amor Verdadeiro. Nele, Shakespeare define o que o amor não é para, em seguida, exaltar sua natureza eterna e inabalável.
1. A Natureza Inalterável do Amor
O poema começa estabelecendo a premissa de que o amor autêntico é aquele que não se altera diante de obstáculos.
De almas sinceras a união sincera,
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Para Shakespeare, o verdadeiro amor é constante e imutável. Se o sentimento muda ou enfraquece por causa das dificuldades ou medos, então, por definição, não é amor.
2. O Amor como Guia Eterno
O poeta usa metáforas marítimas para descrever o amor como uma força orientadora e um farol:
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Aqui, o amor é comparado a um farol (um "marco eterno") que se mantém firme na tempestade. Ele serve como uma estrela-guia para o navio perdido ("a vela errante"), simbolizando a segurança e a direção que o amor verdadeiro oferece em um mundo caótico.
3. O Triunfo sobre o Tempo
Shakespeare aborda o inimigo inevitável de todas as coisas belas e mortais: o Tempo.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
O "alfange" (espada) do Tempo destrói a beleza e a juventude ("a mocidade"), mas o amor, em sua essência, transcende a passagem das horas e dos anos. Ele não se limita à paixão física, mas sim a um vínculo espiritual e eterno.
4. A Conclusão Definitiva
O Soneto 116 termina com um dístico (dois versos finais) de desafio e autoafirmação, um recurso típico dos sonetos shakespearianos:
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.
Essa conclusão é ousada e poderosa. O poeta está tão convicto de sua definição de amor que aposta sua própria identidade e a existência do amor em sua verdade. É uma declaração definitiva sobre a natureza ideal e imortal do amor sincero.
Gostaria de ler a tradução de outro soneto famoso, como o Soneto 18 ("Devo comparar-te a um dia de verão?") ou o Soneto 130 (sobre a "Beleza Real" da amada)?
IA
Grupo do Jesus | SÁ MIQUELINA | 1920
PORQUE UMA DE MIM CHAMA. Mar Becher
[PORQUE UMA DE MIM CHAMA]
porque uma de mim chama mas a outra hesita porque uma de mim espera a noite mas a outra guarda a manhã porque se cruzam na passagem, e uma olha mas a outra desvia porque permaneci no meio, e o amor deita sombra em minha boca — e numa de mim quero dizê-lo mas na outra calá-lo na outra, este medo de ferir com a voz
CALVÁRIO. Charles Fonseca
PATATIVA DO ASSARÉ
"Aqui de longínqua serra / De Camões o que direi? / Quer na paz ou quer na guerra / que ele foi grande eu bem sei / exaltou a sua terra mais do que seu próprio rei / e por isso é sempre novo no coração do seu povo / e eu, que das coisas terrestres tenho bem poucas noções / porque no tive dos mestres as preciosas lições / só tenho flores silvestres pra coroa de Camões / veja a minha pequenez ante o bardo português."
- Patativa do Assaré
ARQUITETURA
FADO. Charles Fonseca
É um prazer comentar este belo e comovente poema de Charles Fonseca.
O texto é uma miniatura poética que evoca a memória afetiva e a saudade, utilizando a imagem de uma fotografia antiga como ponto central. A força do poema reside na sua capacidade de transformar um objeto simples (uma foto) em um portal para o passado e para o destino do eu-lírico.
📸 Análise e Significado do Poema
O poema é construído em torno do contraste entre a perfeição estática da fotografia e a imperfeição dinâmica da vida e do destino.
1. A Construção da Imagem Ideal (1ª estrofe)
Eu os vejo lado a lado
roupa nova bem penteados
as meninas de fita
eles sapato engraxado.
O eu-lírico começa a nos descrever a cena na foto, que é uma imagem de ordem, cuidado e esperança. O uso de detalhes como "roupa nova," "bem penteados," "meninas de fita" e "sapato engraxado" não apenas pinta um quadro da infância, mas também sugere um momento de importância, talvez uma celebração ou uma ida a um estúdio fotográfico.
Essa imagem é a memória idealizada de seus irmãos, um momento de unidade familiar e pureza.
2. A Raridade da Lembrança (2ª estrofe)
A foto era uma Laika
só a tinha o fotógrafo
Aqui, a menção à "Laika" (referindo-se a um tipo de fotografia comum em épocas mais antigas, muitas vezes a única cópia ou negativa) reforça a raridade e o valor inestimável daquela imagem. A fotografia não estava acessível em casa; ela era quase um tesouro, guardada pelo profissional. Isso intensifica o sentimento de perda e a necessidade de resgate daquela cena na memória.
3. A Conclusão Afetiva e Existencial (3ª estrofe)
vejo a imagem os adoro
meus irmãos, o meu fado.
O poema atinge seu clímax emocional nesta estrofe, que é curta e densa em significado:
"vejo a imagem os adoro": Há uma declaração direta e poderosa de amor, que transcende o tempo e a ausência. A imagem não é apenas vista, é revivida no presente do sentimento.
"meus irmãos, o meu fado": Esta é a síntese mais profunda. A palavra "fado" (de origem portuguesa, significando destino, sorte ou sina) traz um peso existencial. O eu-lírico não apenas ama seus irmãos, mas os reconhece como parte inseparável de seu destino, de sua história e de quem ele se tornou. A união deles, imortalizada na foto, é a marca que define sua jornada.
💖 Temas Centrais
Memória e Nostalgia: A fotografia funciona como um disparador de lembranças, trazendo à tona a inocência e a união da infância.
Fraternidade e Amor Incondicional: O sentimento pelos irmãos é o motor do poema, sendo a única certeza ("os adoro") no meio da inevitabilidade da vida.
Destino (Fado): A palavra evoca a ideia de que os laços familiares e as experiências compartilhadas são inescapáveis e moldam o caminho de cada um.
É um texto delicado que, com poucas palavras e uma linguagem simples, consegue expressar a complexidade dos laços familiares e o poder duradouro das memórias da infância.
Gostaria de ler outro poema de Charles Fonseca ou de outro poeta brasileiro que trabalhe com o tema da memória?
IA
SALVADOR
Eu os vejo lado a lado roupa nova bem penteados as meninas de fita eles sapato engraxado. A foto era uma Laika só a tinha o fotógrafo vejo a imagem os adoro meus irmãos, o meu fado.
Charles Fonseca
PINTURA
7.Então a paz de Deus, que excede toda a compreensão, guardará os vossos corações e pensamentos, em Cristo Jesus.
Filipenses 4
JORGE VEIGA
sexta-feira, outubro 17, 2025
JUBIABÁ. Jorge Amado
"Jubiabá" é um dos romances mais importantes e politicamente engajados da primeira fase de Jorge Amado, publicado em 1935. Ele se configura como um romance de formação que acompanha a trajetória de Antônio Balduíno, um menino negro órfão que cresce no Morro do Capa-Negro, em Salvador, sob a influência do respeitado pai-de-santo que dá nome ao livro.
🥊 Trecho Central: Antônio Balduíno no Ringue
Muitos trechos de "Jubiabá" se destacam, mas um dos mais emblemáticos é a cena em que Antônio Balduíno (também conhecido como Baldo, o Negro) se torna boxeador e enfrenta um adversário branco e europeu:
O negro livrou o corpo com um gesto rápido e como a mola de uma máquina que se houvesse partido distendeu o braço bem por baixo do queixo de Ergin, o alemão. O campeão da Europa central descreveu uma curva com o corpo e caiu com todo o peso. A multidão rouca aplaudia em coro: – BAL-DO BAL-DO BAL-DO
Comentário e Análise do Trecho
Este trecho é carregado de significado e resume vários dos temas centrais da obra:
- 1. A Metáfora Racial e Social: A luta no ringue entre Antônio Balduíno (o negro brasileiro) e Ergin (o alemão, o branco europeu) não é apenas um evento esportivo; é uma metáfora poderosa do conflito de classes e raças no Brasil da época. O sucesso de Baldo é a vitória simbólica do povo oprimido e da cultura afro-brasileira contra o domínio e a força branca/europeia.
- 2. O Heroísmo Popular: Antônio Balduíno é um herói popular. Ele representa a força bruta e vital do povo da Bahia, o malandro, o capoeirista, o sambista. A descrição de seu golpe ("como a mola de uma máquina") enfatiza sua habilidade instintiva e a energia do seu corpo, contrastando com o formalismo e a rigidez europeia.
- 3. A Voz da Multidão: A reação da plateia ("A multidão rouca aplaudia em coro: – BAL-DO BAL-DO BAL-DO") transforma o ringue em um palco social. O apoio da multidão confere a Baldo um caráter épico, mostrando que ele é o porta-voz e o campeão dos anseios do povo pobre, negro e marginalizado de Salvador.
📚 Principais Temas do Romance "Jubiabá"
O romance explora as diferentes "vidas" de Antônio Balduíno, tecendo uma crítica social profunda:
- O Romance de Formação: A obra segue o crescimento e a busca de Baldo por um lugar no mundo, desde a vida no morro (com o aprendizado do Candomblé e da malandragem) até a conscientização política como estivador e líder grevista.
- Cultura Afro-Brasileira: O livro exalta a cultura baiana, o candomblé, a capoeira e o samba como forças vitais e elementos de resistência contra a opressão. O pai-de-santo Jubiabá é a guia espiritual que ensina Baldo sobre a vida e a dignidade.
- Injustiça Social e Marginalidade: Jorge Amado retrata a dura realidade dos pobres, a exploração do trabalhador (como estivador e em plantações de fumo) e a marginalização. A trajetória de Lindinalva, o amor platônico de Baldo, que de menina rica e branca se torna prostituída pela miséria, é um retrato cruel dessa decadência social.
- Conscientização Política: O clímax ideológico do livro é a greve geral liderada por Baldo. É neste momento que o herói encontra seu verdadeiro lugar e propósito, assumindo a luta coletiva pela justiça social, em um claro alinhamento de Jorge Amado com as ideias comunistas da época.
O romance é, portanto, um retrato vibrante e engajado da Bahia popular, onde a mágica e a força da cultura negra lutam contra a opressão.
Você gostaria de se aprofundar na análise de outro trecho do romance, como o relacionamento entre Balduíno e Lindinalva?
IA
BAHIANO - PEMBERÊ. 1921
28.Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso.
Jesus Cristo
AMOR INCOMPARÁVEL
O QUERERES. Caetano Veloso
Fantástico! "O Quereres" é um dos poemas mais densos e filosóficos de Caetano Veloso. Embora seja popularmente conhecido como canção, sua estrutura é puramente poética, baseada na exploração de dualidades e contradições.
✨ Comentário Poético sobre "O Quereres"
"O Quereres" não é apenas uma letra sobre um relacionamento, mas uma meditação profunda sobre a natureza da vontade (o querer), a condição humana e a complexidade das relações. O poema se constrói através de uma série de oposições binárias que mapeiam a dissonância entre duas pessoas, ou entre o eu e o mundo.
1. A Dialética dos Opostos
O cerne do poema reside nos versos que expõem a incompatibilidade:
"Onde queres o ato eu sou o espírito. / E onde queres ternura eu sou tesão. / Onde queres o livre decassílabo. / E onde buscas o anjo eu sou mulher."
Caetano usa os opostos para mostrar que, no jogo do desejo e da vida, o que um busca, o outro nega ou subverte.
Ato vs. Espírito: Contrapõe a ação concreta (o ato) à reflexão abstrata (o espírito), sugerindo um desencontro entre a prática e a teoria na relação.
Ternura vs. Tesão: Revela a dualidade entre o afeto puro e suave (ternura) e o desejo físico e instintivo (tesão).
Lar vs. Revolução: Este é um dos pares mais potentes, contrapondo a estabilidade, o conforto e a tradição (lar) à mudança, ao caos e à ruptura (revolução), mostrando que a busca por segurança é frustrada pela necessidade de subversão.
Bandido vs. Herói: Mostra como os papéis sociais e morais são relativos e trocáveis, dependendo do ponto de vista e do contexto.
2. O Querer Incompatível
A estrutura se repete em vários quartetos, solidificando a ideia de que o desencontro é a regra. Em cada "onde queres...", há um desvio, uma resposta inesperada.
"Onde queres prazer sou o que dói. / E onde queres tortura, mansidão. / Onde queres um lar, revolução. / E onde queres bandido eu sou herói."
Essa repetição cria um ritmo quase épico (como uma lista de faltas ou virtudes) e acentua a impossibilidade de sincronia. A palavra que une é o "E", que não soma, mas justapõe a contradição.
3. A Conclusão e a Aceitação
O final do poema resume o paradoxo e sugere uma aceitação agridoce:
"O quereres e o estares sempre a fim. / Do que em mim é de mim tão desigual. / Faz-me querer-te bem, querer-te mal. / Bem a ti, mal ao quereres assim."
A beleza está justamente na desigualdade. A tensão entre os opostos é o que gera o desejo e, paradoxalmente, o que o torna complexo. O eu lírico reconhece que a maneira como o outro quer (o "quereres assim") é o que o faz amar e, ao mesmo tempo, sofrer. É um amor que não é pela pessoa, mas pela tensão da busca.
🔑 Em Síntese
"O Quereres" é um poema sobre a inevitável dissonância da vida a dois, usando a linguagem de forma cirúrgica para desmembrar o desejo em suas partes mais antagônicas. A poesia de Caetano revela que a essência do amor pode estar justamente na persistência em querer apesar de todas as contradições.
Gostaria de explorar a relação deste poema com alguma outra canção de Caetano que também trate de temas complexos, como "Fora da Ordem" ou "Vaca Profana"?
IA
JK E GRACIANO RAMOS
quinta-feira, outubro 16, 2025
Comentário do Poema "A VIA LÁCTEA" de Charles Fonseca
O poema de Charles Fonseca, embora breve, é bastante poderoso e direto em sua mensagem de busca por transcendência e elevação. Ele utiliza um contraste bem marcado entre a realidade terrena e opressiva e o ideal de liberdade e grandeza.
1. A Realidade Opressiva (Primeira Estrofe)
A primeira estrofe estabelece imediatamente um cenário de aflição e instabilidade:
- "a cada dia um terremoto"
- "a cada noite um sobresalto"
- "madrugadas um maremoto"
O uso dessas palavras de grande impacto ("terremoto", "sobresalto", "maremoto") cria uma imagem de uma vida cotidiana cheia de crises, ansiedade e caos. A repetição de "a cada dia/noite/madrugada" enfatiza a continuidade e a exaustão desse estado. É um ambiente onde o eu lírico se sente constantemente ameaçado e desestabilizado.
2. A Busca Pela Elevação (Segunda Estrofe)
A segunda estrofe introduz a virada e o desejo de fuga e superação.
- "voar pra longe e bem mais alto": Este verso funciona como a ponte e a solução para o caos da estrofe anterior, expressando a necessidade urgente de se afastar.
- "desse voo galináceo / eu quero o voo da águia": Este é o coração do contraste. O "voo galináceo" simboliza a mediocridade, a vida rasteira, com voos curtos e ineficazes, a rotina esmagadora. Em oposição, o "voo da águia" representa a liberdade, a visão ampla, a força e a capacidade de atingir grandes alturas.
- "os píncaros violáceos / o azul do céu, à via láctea": Os versos finais culminam no ideal de transcendência. Os "píncaros violáceos" (os cumes, os pontos mais altos, talvez no crepúsculo ou amanhecer) e o "azul do céu" representam a meta de elevação. A "via láctea", que dá título ao poema, é o ponto final, o destino máximo, o plano cósmico, que simboliza a eternidade, a imensidão e a verdadeira libertação de tudo o que é terreno e caótico.
3. Conclusão da Análise
O poema é um grito conciso de revolta contra a limitação e um forte anseio por uma vida mais significativa e sublime. Charles Fonseca utiliza a metáfora do voo para expressar essa jornada psicológica: sair do "terremoto" e do "voo galináceo" para alcançar a paz cósmica e a grandeza simbolizada pela Via Láctea.
É um texto que, apesar de simples em sua estrutura, é rico em simbolismo e ressoa com o desejo humano de superar o sofrimento e buscar um patamar superior de existência.
Gostaria de saber mais sobre o blog do Charles Fonseca ou de analisar outro poema?
IA
DR. RENATO BORGES DA COSTA
Soneto XCVIII. Cláudio Manuel da Costa
Com certeza. O Soneto XCVIII ("Destes penhascos fez a natureza...") é um dos poemas mais célebres de Cláudio Manuel da Costa e um marco do Arcadismo brasileiro, pois nele o poeta une os temas clássicos do amor e da razão à paisagem peculiar de Minas Gerais.
Aqui está o soneto e, em seguida, uma análise detalhada:
Soneto XCVIII
Destes penhascos fez a natureza
O berço, em que nasci! oh quem cuidara,
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!
Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me; ele declara
Contra o meu coração guerra tão rara,
Que não me foi bastante a fortaleza.
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano,
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano:
Vós, que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei; que Amor tirano,
Onde há mais resistência, mais se apura.
🏔️ Análise do Soneto XCVIII
O poema é um soneto perfeito (dois quartetos e dois tercetos, em versos decassílabos) que trabalha com o contraste entre a natureza de Minas Gerais, rude e rochosa, e a sensibilidade do coração do eu lírico (o poeta-pastor Glauceste Satúrnio).
1. O Contraste entre Paisagem e Sentimento (Primeiro Quarteto)
A estrofe inicial estabelece a antítese central do poema:
- Tese da Natureza: O eu lírico afirma que nasceu entre "penhascos" e "penhas tão duras". "Penhas" e "penhascos" são pedras, rochas, que representam a paisagem montanhosa e áspera de Minas Gerais.
- Antítese do Ser: No entanto, o berço rude gerou o oposto: "Uma alma terna, um peito sem dureza!". O poeta se espanta (interjeição "oh quem cuidara") por sua natureza ser tão sensível (terna e branda), destoando do local de seu nascimento.
Essa oposição é a marca do soneto: a paisagem local, rústica, é incorporada ao Arcadismo, mas não como o locus amoenus (lugar ameno) idealizado, e sim como uma paisagem que, embora dura, não conseguiu endurecer o coração do poeta.
2. A Força e Tirania do Amor (Segundo Quarteto e Primeiro Terceto)
Nas estrofes seguintes, o eu lírico muda o foco para o seu sofrimento amoroso, personificando o Amor, o que é um traço da influência da Mitologia Clássica e do Neoclassicismo:
- Amor-Tirano: O Amor é descrito como uma força implacável e guerreira ("que vence os tigres, por empresa / Tomou logo render-me; ele declara / Contra o meu coração guerra tão rara"). O uso da letra maiúscula em "Amor" e a linguagem de guerra ("empresa", "guerra", "fortaleza") destacam sua força destrutiva.
- O Desengano: O eu lírico confessa sua "brandura" (fraqueza, suavidade) e admite que não conseguiu se proteger do "cego engano" (a ilusão do amor). Isso reflete a temática da Razão do Arcadismo, que lamenta a falta de controle sobre as paixões. O poeta, embora racionalmente conhecesse o "dano", sucumbiu à paixão.
3. A Advertência Final (Último Terceto)
A conclusão do soneto é a mais surpreendente e poderosa, pois retoma as "penhas" da primeira estrofe e lhes dirige um aviso direto:
Vós, que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei; que Amor tirano,
Onde há mais resistência, mais se apura.
- Identificação entre Natureza e Dureza: O eu lírico compara a dureza das pedras (a natureza de Minas) à dureza que o próprio coração poderia ostentar.
- Ironia do Amor: A advertência final é que, se o Amor conseguiu vencer um coração terno, ele certamente pode vencer as rochas. Ele aponta uma cruel ironia: o Amor-Tirano não desiste; na verdade, "Onde há mais resistência, mais se apura" (se aprimora, se fortalece). Quanto mais forte e resistente a pessoa ou a pedra for, maior será o desafio e o prazer do Amor em vencê-la.
Conclusão Estilística
O Soneto XCVIII é, portanto, uma reflexão melancólica sobre a invencibilidade da paixão em um coração sensível, tudo isso emoldurado pela paisagem rochosa de Minas. Ele equilibra a contenção formal do Arcadismo (uso do soneto, decassílabos) com uma expressão emotiva intensa e a valorização da paisagem natal, o que faz a poesia de Cláudio Manuel da Costa ser considerada uma ponte entre o Arcadismo e o futuro Romantismo brasileiro.
Gostaria de analisar outro soneto de Cláudio Manuel da Costa, como o que fala sobre a devastação do Rio do Carmo pela mineração?
IA
AS CAVERNAS
CAMÕES
É ótimo falar sobre Luís Vaz de Camões, o maior poeta da língua portuguesa! Como você pediu um comentário sobre um poema de Camões, vou me concentrar em seu soneto mais famoso, que é a definição clássica do amor.
🔥 Comentário sobre o Soneto "Amor é um Fogo que Arde sem se Ver"
O poema "Amor é um fogo que arde sem se ver" é o soneto mais célebre de Camões e a representação máxima da sua poesia lírica. Ele encapsula a essência do amor no Classicismo e no Maneirismo, definindo-o por meio de uma série de contradições (antíteses) que refletem a complexidade e a natureza paradoxal desse sentimento.
O Poema:
Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Análise e Contexto
1. O Recurso da Antítese (Contradição)
O poema é construído inteiramente sobre a antítese. Camões usa pares de ideias opostas para descrever o amor, mostrando que ele é um sentimento que existe na tensão entre extremos:
- "Fogo que arde sem se ver" (calor da paixão, mas invisível e interior).
- "Ferida que dói, e não se sente" (sofrimento real, mas sem causa física aparente).
- "Contentamento descontente" (alegria e insatisfação coexistem).
- "Cuidar que ganha em se perder" (entrega total, mesmo que traga prejuízo ou dor).
Essas contradições não anulam o amor, mas sim o definem como uma experiência de desconcerto e dualidade que caracteriza o ser humano e o mundo, um tema central na obra de Camões.
2. Influência do Platonismo
Este poema está profundamente ligado ao Neoplatonismo, corrente filosófica popular na Renascença. O amor é visto como uma ideia universal, abstrata e espiritual, que eleva o espírito, mas que, ao mesmo tempo, é experimentada de forma imperfeita e conflituosa na Terra. O amor é "ferida", é "dor", pois a experiência terrena nunca alcança a perfeição da Ideia.
3. Forma Perfeita
Como um soneto clássico, o poema adota a forma perfeita: quatorze versos (dois quartetos e dois tercetos) em decassílabos (versos de dez sílabas poéticas). O rigor da forma clássica contrasta com a instabilidade do sentimento descrito, reforçando a mestria de Camões.
4. Conclusão Reflexiva
A estrofe final (terceto) encerra o raciocínio com uma pergunta retórica. O poeta se questiona sobre como algo tão contraditório e contrário a si mesmo pode, no final, gerar a amizade e a união entre as pessoas. É a consagração do mistério do amor.
Este soneto é apenas uma parte da vasta obra lírica e épica de Camões, que inclui o monumental Os Lusíadas (poema épico sobre as Descobertas Portuguesas) e outros sonetos famosos como "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" (sobre a inconstância da vida) e "Alma minha gentil, que te partiste" (sobre a dor da perda).
Gostaria de ler outro poema famoso de Camões ou de aprofundar a análise em algum aspecto da obra dele?
IA
PINTURA
A Árvore da Serra. Augusto dos Anjos
— As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!
— Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pôs almas nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minh'alma! ...
— Disse — e ajoelhou-se, numa rogativa:
«Não mate a árvore, pai, para que eu viva!»
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!
SALVADOR
A COR DA PELE. Adão Ventura
I
a cor da pele
saqueada
e vendida.
a cor da pele
chicoteada
e cuspida.
a cor da pele
camuflada
e despida.
a cor da pele
vomitada
e engolida.
II
a cor da pele
esfolada
em banho-maria.
PINTURA
quarta-feira, outubro 15, 2025
1.Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e as dos anjos, se eu não tivesse a caridade, seria como um bronze que soa ou como um címbalo que tine.
I CORÍNTIOS 13
terça-feira, outubro 14, 2025
UM GRANDE AMIGO
MARIA IMACULADA. Marcílio Godoi
Pus pulseira de berloque
saia de tirar retrato
no espelho fiz um coque
inda engraxei os sapatos.
Botei broche na lapela
água de flor no cangote
lavei as mãos na gamela
e caprichei no decote.
Cruzei a praça sorrindo
como quem não passeasse
como não fosse domingo
como se eu não me lembrasse
que o meu nome é Imaculada
e eu ainda estou deitada.
segunda-feira, outubro 13, 2025
VICENTE CELESTINO - PAIXÃO DE ARTISTA
PINTURA
ATOS DOS APÓSTOLOS
38.Respondeu-lhes Pedro: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo
domingo, outubro 12, 2025
CANTO GREGORIANO
FOTOGRAFIA
1.No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.
São João 1
HINO. Nome Precioso
BAILE DA SAUDADE
VOO. Ana Costa dos Santos
Morto, o pássaro está a salvo: não há risco após a queda. Então por que me espantam seu sono, seu silêncio, o baque ao pé da árvore, igual ao de uma fruta podre qualquer, seu corpo dissecável, onde, buscando, eu acharia uma garganta, um coração quieto? Dizem que certos pássaros dormem voando — este talvez voe dormindo.
sábado, outubro 11, 2025
CANTO GREGORIANO
FOTOGRAFIA
Ao entardecer vida reclusa o pensar além dos céus profundos além muito além dos infinitos levo comigo em meu peito a musa.
Charles Fonseca
MIMOSA
NOME PRECIOSO
Penso no céu nublado algo me atrai à terra. Agora é o céu azulado. Vejo o olhar da musa meu fado. Minha vida assim só ela.
Charles Fonseca


































